Remédios caseiros para prisão de ventre

 

As mulheres são mais afetadas pela prisão de ventre. O que fazer? 


Fatores físicos, emocionais e culturais contribuem para o desequilíbrio gastrointestinal


A prisão de ventre é um sintoma presente na rotina 

de dois terços das mulheres brasileiras, 

independentemente da condição socioeconômica 

ou da região do país em que ela more. 

Essa é uma das conclusões de um amplo estudo da 

Federação Brasileira de Gastroenterologia, 

que recolheu depoimentos de 3029 mulheres de 

9 capitais, além do Distrito Federal.

A maioria das entrevistadas relatou que os sintomas 

gastrointestinais como dores e inchaço no abdômen, 

gases e prisão de ventre afetaram a qualidade de 

vida de uma forma geral. As consequências 

reportadas se concentram especialmente no estado 

emocional, com variação de humor (89%), na 

concentração (88%) e na vida sexual (79%).

Apesar da intensidade dos desconfortos, 25% das 

mulheres ouvidas declara que não costuma procurar 

auxílio médico por não considerar os frequentes 

desequilíbrios decorrentes de alguma doença e 20% 

delas acredita que os sintomas vão desaparecer por si só.

Fatores físicos, emocionais e culturais combinados 

ajudam a agravar as condições de manutenção da 

saúde intestinal entre as mulheres.

Em entrevista, o médico Érico Rolvare, especialista 

em Nutrição e Medicina Preventiva, tirou algumas 

dúvidas sobre as causas e consequências da prisão 

de ventre entre a população feminina e apontou 

soluções para manter o equilíbrio da flora intestinal 

e desfrutar de mais saúde e qualidade de vida.









Por que o intestino preso é mais frequente nas 

mulheres e o que pode ser feito por elas para 

prevenir esse quadro?

“Frequentemente as mulheres costumam apresentar 

mais problemas de constipação intestinal pela ação

hormonal ou falta, períodos da TPM 

(Tensão Pré-Menstrual) e menopausa. 

Os relatos de diminuição do hábito intestinal são 

mais frequentes, seja por fatores psicológicos os 

quais as mulheres apresentam um receio maior em 

usar banheiros fora de suas casas”.

O aspecto emocional pode influenciar? 

De que modo?

“ O aspecto emocional influencia muito no 

funcionamento intestinal. A maioria das pessoas, 

quando ansiosas, acabam por apresentar 

uma aceleração do trânsito intestinal, ocasionando 

episódios diarreicos. Outras, por insegurança de 

usar o banheiro fora de suas casas, acabam 

apresentando constipação intestinal. 

O uso de técnicas de relaxamento, treinamento 

do auto controle, e em casos mais extremos a 

ajuda de medicamentos ajudam minimizar 

esse sintomas”.


Um iogurte por dia ajuda, porém não é 

bastante para enfrentar a prisão de ventre, 

problema que atinge duas em cada três 

mulheres brasileiras. Um estudo pioneiro 

realizado pela Federação Brasileira de 

Gastroenterologia (FBG), que ouviu 

mulheres em todo o país, mostrou que é 

preciso muito mais.

Os impactos da constipação intestinal 

repercutem diretamente na qualidade de  

vida desse público, que sofre com sintomas 

como o inchaço, sensação de peso, gases e 

prisão de ventre, atingindo todas as 

classes sociais e regiões do país, sem 

distinção. As participantes da pesquisa 

consideram o problema angustiante, o 

que culmina em constrangimento 

extremo nos níveis pessoal e social. 

Ainda, de acordo com as declarações, 

72% dos problemas intestinais costumam 

prevalecer durante semana, principalmente 

por conta da dificuldade no uso do banheiro 

fora de casa.

O estudo também revelou que as principais 

causas para os problemas intestinais são a 

alimentação não balanceada, estresse e falta 

de atividades físicas, além da ansiedade 

e a rotina intensa de trabalho. 

Estima-se que a incidência de constipação 

intestinal é quatro vezes maior nas mulhere

do que nos homens. Isto está diretamente 

relacionado a questões alimentares e 

de saúde, e também sociais e culturais. 

Cerca de 69% das entrevistadas afirmaram 

que o problema afeta o humor e 57% dizem 

que a prisão de ventre afeta a vida sexual. 

De acordo com o gastroenterologista e 

professor titular de Gastroenterologia e 

Cirurgia Digestiva da Pontifícia Universidade 

Católica (PUC- Campinas) Flávio Quilici, 

muitas mulheres encaram a prisão de ventre 

e suas repercussões como uma coisa normal 

porque desde muito cedo foram educadas 

para enxergar as fezes como algo ruim, 

nojento, capaz de transmitir doenças. 

"As mulheres são educadas para não 

expelir gases, evacuar com extrema 

privacidade como se isso não fosse normal 

e natural, o resultado é que esse treino 

bloqueia e traumatiza", pontua o médico, 

destacando que muitas só conseguem 

evacuar em casa e nunca em outros lugares

ou em banheiros públicos. 

"Tenho relatos de pacientes que ficam mais de 

uma semana sem ir ao banheiro quando estão 

fora de casa, especialmente a trabalho, por 

mais que estejam hospedadas em locais bons 

e limpos", diz o médico, ressaltando que 

também existem outras que só conseguem 

evacuar nos finais de semana quando folgam 

e estão em casa.Além da cultura que impede 

que as mulheres atendam aos chamados 

intestinais e respeitem os horários e o 

funcionamento do intestino, a pesquisa 

da FBG também destacou o pouco tempo 

que as mulheres dispõem para cuidar 

de si mesmas. “As múltiplas funções 

dificultam que as mulheres atentem para 

outras necessidades fisiológicas como 

beber água com frequência, comer bem 

e descansar”, completa o médico.

A coloproctologista Fernanda Coelho diz 

que cada indivíduo é único, mas que a 

medicina considera que o funcional é que 

as pessoas evacuem até uma vez a cada dois 

dias, desde que não apresente dor ou 

dificuldade no processo. “Beber muita água, 

manter uma dieta rica em fibras, com frutas, 

verduras e folhosos, reduzir a gordura são 

medidas que favorecem não apenas o bom 

funcionamento intestinal, mas a saúde de 

um modo em geral”, completa. 

No caso específico da ingestão de água, a 

recomendação é que ele contemple de 2 litros 

por dia, sempre evitando grandes quantidades 

durante as refeições porque  há uma  dilatação 

das paredes do estômago.

Outra dica importante é a redução do consumo 

de sal para evitar a retenção de líquidos.  

O ideal é mastigar devagar para que o cérebro 

tenha tempo para registrar a informação de 

saciedade enviada pelo trato gastrointestinal. 

A sugestão ajuda, inclusive, a comer menos.

Ótimas opções de remédios caseiros para 

combater a prisão de ventre e o intestino 

ressecado são suco de laranja com

mamão, vitamina preparada com iogurte, 

o chá de carqueja e o chá de ruibarbo.

Estes ingredientes possuem propriedades que 

facilitam a eliminação das fezes, mas devem 

ser acompanhados do aumento do consumo 

de fibras, como cereais integrais e frutas com 

casca, além de pelo menos 1,5 L de água por dia.

1. Suco de laranja com mamão

O remédio caseiro para prisão de ventre com laranja 

e papaia é excelente pois estas frutas têm fibras e 

antioxidantes que ajudam o intestino a funcionar, 

evitando a prisão de ventre.

Ingredientes

  • 2 laranjas;
  • 1/2 mamão papaia sem sementes.

Modo​ de preparo

Espremer as laranjas e bater no liquidificador 

com a metade do mamão papaia sem as 

sementes. Tomar este suco antes de 

dormir e depois de acordar por 3 dias.

2. Vitamina para soltar o intestino

A vitamina de mamão preparada com iogurte 

e linhaça é ótima para soltar o intestino 

porque é rica em fibras que estimulam 

o esvaziamento do intestino.

Ingredientes

  • 1 copo de iogurte natural;
  • 1/2 mamão pequeno;
  • 1 colher (sopa) de linhaça.

Modo de preparo

Bater o iogurte e o mamão no liquidificador, 

adoçar à gosto e depois adicionar a linhaça.

3. Chá de carqueja

Um ótimo remédio para prisão de ventre é 

o chá de nome científico Baccharis trimera

é uma planta medicinal que além de prevenir 

a prisão de ventre, auxilia no tratamento da 

anemia e na proteção do fígado contra as toxinas.

Ingredientes

  • 2 colheres de sopa de folhas de Carqueja;
  • 500 ml de água.

Modo de preparo

​Ferver a água e adicionar a carqueja deixando 

repousar por 5 minutos. Tapar, deixar 

amornar e beber a seguir.

4. Chá de ruibarbo

O remédio caseiro para prisão de ventre 

com ruibarbo é ótimo, pois esta planta 

medicinal possui propriedades que estimulam 

os músculos intestinais e ajudam o intestino 

a absorver água.

Ingredientes

  • 20 g de rizoma seco de ruibarbo;
  • 750 ml de água.

Modo de preparo

Colocar os ingredientes numa panela e 

ligar o fogo, deixando ferver até perder 

cerca de 1/3 da água. Depois coar e 

beber 100 ml de chá ao principio da noite 

durante os dias necessários para que o 

intestino volte a funcionar.

Saiba também quais os alimentos 

que soltam o intestino preso :

Quais são os alimentos que mais podem ajudar 

a prevenir quadros de prisão de ventre?

“Os alimentos que mais ajudam no funcionamento 

intestinal saudável, são as fibras solúveis 

e insolúveis, presentes nas frutas, verduras, 

legumes e grãos. Mas para essas fibras 

funcionarem deve haver uma hidratação 

efetiva nesse organismo, portanto não 

adianta só ingerir as fibras sem a ingestão 

principalmente de água e outros líquidos.

Quais são os maiores riscos de se aderir a 

dietas da moda, mesmo aquelas que 

recomendam alimentos ricos em fibras? 

Os excessos são comuns?

“As dietas da moda, seja a dieta com excesso 

de fibras, seja com restrição na ingestão de fibras, 

podem causar sérios problemas no equilíbrio da 

flora bacteriana intestinal. 

As fibras insolúveis são a fonte de alimento para 

a flora intestinal saudável, mas o excesso leva a 

um processo de fermentação exagerado e a 

um desequilíbrio, e a falta também”

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