Mau Hálito, Cheiro Ruim na Boca, Halitose - Veja Dicas Simples Para Lidar com o Problema!

Em geral, a pessoa que tem mau hálito não se dá conta do problema. Quem convive com ela evita abordar o assunto, para não criar constrangimentos. Assim, ela dificilmente vai procurar orientação para enfrentar a situação.

Na maioria dos casos, o mau hálito, ou halitose, tem origem na própria língua, órgão revestido por papilas que conduzem informações ao cérebro com o intuito de reconhecer o sabor dos alimentos. Entre as papilas há pequenas criptas onde se acumulam restos de alimentos e células que descamam do epitélio lingual. Esse depósito serve de meio de cultura para bactérias que, quando fermentam, liberam substâncias ricas em enxofre, provocando mau hálito.

O cirurgião-dentista Ronaldo P. Lima Barbosa afirma que de 90% a 95% dos casos de halitose são causados no ambiente bucal, e cerca de 5% a 10% têm causas sistêmicas. “A língua possui diversas papilas gustativas entre as quais se formam criptas, ou seja, saquinhos que retêm resíduos de alimentos, células epiteliais descamadas e placas bacterianas que começam a fermentar e a liberar odor de enxofre. Essa é, sem dúvida, a principal causa do mau hálito”, revela o dentista.

Por isso, é comum termos mau hálito de manhã, quando acordamos. Durante a noite, há menor produção de saliva e, portanto, maior fermentação e maior liberação de enxofre. O mesmo fenômeno ocorre quando passamos muito tempo sem comer, pois o atrito da língua com o palato e o aumento da salivação que ocorrem durante as refeições ajudam a remover os resíduos existentes nas papilas gustativas e as bactérias responsáveis pela fermentação.

O paciente com halitose grave tem vergonha de se expor, de conversar e de conviver socialmente. À vezes, não consegue progredir no campo profissional, porque tem vergonha de estabelecer um diálogo aberto e fala com a mão na boca.

Uma das causas mais associadas à halitose é a diminuição do fluxo salivar, conhecida como xerostomia. Vários fatores interferem na produção das glândulas salivares, entre eles determinadas drogas e certos problemas respiratórios. Pacientes que respiram pela boca sofrem ressacamento da mucosa, o que favorece a halitose.

“O fluxo salivar também pode ser alterado por falta de ingestão de água. É importante ingerir de dois a três litros de água por dia para evitar que a parte sólida da saliva torne-se mais espessa por falta de líquido e acumule-se no dorso posterior da língua, aumentando a ocorrência de halitose”, explica Barbosa.

A halitose traz sérios problemas de convívio social, pois o cheiro está muito ligado às emoções.  O odor desagradável pode provocar repulsa e afastamento, interferindo nos relacionamentos sociais e amorosos.

O grande problema é que quem sofre de mau hálito não sabe. “O bulbo olfatório, que se localiza próximo ao cérebro, acostuma-se com o ar carregado de enxofre que a pessoa exala constantemente”, revela o especialista.

As pessoas, no geral, não se sentem à vontade para avisar um indivíduo que tem halitose. Assim, o dentista aconselha ao paciente que ele pergunte a uma criança, que em geral é mais sincera e espontânea.

Depois de descobrir que tem halitose, o mais importante é obter o diagnóstico correto, identificando se o problema é sistêmico ou local (origem na boca). Se a causa for sistêmica, o paciente deve ser encaminhado para um especialista na área. Se for bucal, devem ser localizadas todas as possíveis causada da halitose: gengivites, periodontites, placas bacterianas, cáries dentárias e língua.

“A escova não é eficiente para a remoção dos restos epiteliais e de bactérias no dorso da língua, mas existem raspadores linguais capazes de remover os resíduos”, orienta Barbosa.

O uso de raspadores uma vez ao dia é indicado para todas as pessoas; no entanto, quem sofre de halitose deve passá-lo ao menos três vezes ao dia para remover a saburra lingual. Também é importante escovar os dentes no mínimo três vezes ao dia e passar o fio dental após a escovação. É essencial consultar o dentista com frequência para uma higienização mais profunda, que remove a placa bacteriana e o acúmulo de tártaro, principalmente na região inferior dos dentes.

A ingestão de fibras também ajuda na limpeza do dorso da língua e aumenta o fluxo salivar. Chicletes sem açúcar aumentam a salivação e podem ajudar a melhorar a halitose. No entanto, deve-se evitar chicletes com açúcar, que alimentam a placa bacteriana na boca e provocam maior fermentação. Balas, contudo, só disfarçam o odor.

Se mesmo ao adotar essas medidas de higiene o mau hálito persistir, é hora de procurar a ajuda de um dentista ou médico. E lembre-se: a vergonha é aliada da halitose.

Remédios caseiros mascaram halitose e podem causar irritação

Limão, cravo da índia e bicarbonato. Eles podem até ter uma boa ação inicial, mas em excesso vão trazer mais problemas do que solução

“É muito comum eles mascararem ou camuflarem o hálito ruim sem combater o problema em sua origem, o que pode ser perigoso, uma vez que a halitose recorrente pode ser um sinal de que algo está em desordem no organismo, podendo incluir problemas de saúde importantes como diabetes, doença renal e hepática”, diz Maria Cecília Aguiar, presidente da Associação Brasileira de Halitose (ABHA). Isso sem contar que eles apenas podem estar te dando a ideia de uma falsa cura. “Muitas vezes o cheiro desagradável volta a incomodar quando acaba a ação dessas substâncias. Comparo essas receitas a “enxugar gelo”, pois a pessoa precisa reutilizá-las frequentemente, criando dependência. Como o problema não é resolvido, a pessoa tende a ficar insegura, com mudanças de comportamento e prejuízos nos relacionamentos”, diz a especialista. 

Novos problemas
E não vá pensando você que não custa tentar, afinal, substâncias naturais não vão te fazer mal algum. Tudo que é usado em excesso e frequentemente pode trazer efeitos indesejáveis. 
“É o caso do limão, que favorece um bom hálito por estimular a salivação, mas que, em excesso, pode causar erosão ácida e sensibilidade nos dentes, além de desconfortos estomacais”, diz Maria Cecília. A especialista ainda cita o cravo da índia, que muitas pessoas costumam mascar para eliminar a halitose, pois ele é rico em um óleo antisséptico chamado eugenol (usado inclusive em materiais odontológicos).“Mas o seu uso continuado é irritante para a mucosa bucal, favorecendo a descamação de suas células que se desprendem e se depositam sobre a língua na forma de saburra, um dos principais inimigos do bom hálito”, diz Maria Cecília. 

Receitas mais populares
Além de pingar gotas de limão na língua e mascar cravo da índia, Maria Cecília nos citou uma vasta lista de receitas caseiras muito populares que também prometem acabar com a halitose. Porém, tome nota: nenhuma delas é melhor que procurar um especialista no assunto. 
Consumir condimentos como canela e gengibre ou ervas frescas como hortelã e salsinha é uma prática comum contra a halitose, pois estimula a salivação. “Além disso, estudos mostram que algumas substâncias ricas em clorofila podem servir como desodorantes contra a halitose transitória causada por alimentos. Com moderação, podem ser boas opções nesse caso específico”, diz a especialista. Beber chás como verde, macela, erva doce, cidreira e camomila também é uma tática muito usada por pessoas que querer tratar a halitose sozinha. Assim como fazer bochecho ou borrifar água oxigenada na boca. “No caso dos chás, não há evidências suficientes que embasem o uso deles para combater a halitose. A água oxigenada realmente é um forte antisséptico, mas seu uso continuado pode alterar o paladar, irritar as papilas gustativas de língua (que podem reagir ficando crescidas, facilitando o acúmulo de saburra língua) e até mesmo favorecer o câncer. Contudo, hoje há no mercado produtos com o peróxido de hidrogênio estabilizado, que tornam o uso da substância seguro”, diz a especialista. Ainda constam nessa lista de remédios caseiros, bochechar ou aplicar direto na língua uma solução a base de bicarbonato de sódio, fazer bochechos com água e sal e usar própolis. “O bicarbonato até ajuda a remover resíduos, mas em excesso pode irritar a mucosa bucal. Além disso, pode piorar a halitose, pois deixa temporariamente alcalino o pH bucal, o que favorece a volatilização de gases ricos em enxofre produzidos pelas bactérias da boca, que são eliminados com o odor característico de ovo podre”, diz Maria Cecília. O sal em grandes quantidades também pode irritar a mucosa e o própolis, apesar de ser um excelente antisséptico natural, geralmente é encontrado na forma de tintura, apresentação que contem álcool na composição. O álcool também causa irritação na boca, estimulando a descamação de suas células, o que contribui para o acúmulo da saburra.

Comentários

MAIS VISTOS DA SEMANA

Salada de Manga

Benefícios do Agrião

Receitas com Café

MAIS VISTOS DA SEMANA

Salada de Manga

Pimenta no Controle da Circulação Sangüínea

Tapioca de Cuscuz

Benefícios do Agrião

Receitas com Café

RECOMENDADOS PARA VOCÊ

Encontrou o que estava procurando?

VEJA MAIS!

Chá de Boldo Para Cães

Aprenda Como Desintoxicar o Corpo Pelo Pés (Desintoxicação Iônica)

Alimentação Natural : Tempero para Cães

Salpicão vegetariano

Bolo de Fubá Para Diabéticos

Sabão Azul (Omo Caseiro Líquido)