Intolerância á Lactose
Muito se fala sobre a intolerância a esse nutriente do leite, mas você sabe o que ele é e o que causa no organismo?
A lactose é a responsável por aquele gostinho levemente adocicado da bebida. Quando a gente toma um copo de leite ou come um dos seus derivados, como queijo, essa molécula vira energia para abastecer nossas células.
Só que, a fim de ser devidamente aproveitada, a lactose precisa ser quebrada em outras duas partículas menores: a galactose e a glicose. Por trás desse processo está uma enzima, a lactase.
(Lactase é uma enzima que é produzida na mucosa intestinal, na zona superficial das microvilosidades do intestino delgado. É muito vulnerável a agressões, razão pela qual pode deixar de ser produzida temporária ou permanentemente. A sua principal função é a da hidrólise da lactose, ou seja, da decomposição do açúcar presente no leite e nos seus derivados em galactose e glicose. Todavia, a insuficiência desta enzima no organismo é a principal razão do desenvolvimento de um quadro de intolerância à lactose).
Tudo isso acontece lá nas bandas do intestino.
INTOLERÂNCIA Á LACTOSE
Ela aparece justamente quando o organismo não produz a lactase em quantidade suficiente para dar conta de toda a lactose ingerida. Essa carência é a chave do problema. O açúcar do leite que fica dando sopa no intestino acaba, então, fermentado por bactérias, provocando mal-estar.
Assim sendo, quando o organismo não produz lactase em quantidades suficientes, a lactose permanece no intestino, sendo fermentada por bactérias intestinais, causando :
- Náuseas;
- Distensão (inchaço) abdominal;
- Fezes líquidas, volumosas e com um odor particularmente desagradável;
- Dores abdominais/ cólicas;
- Flatulência (gases), que começa cerca de 30 minutos a 2 horas depois da ingestão de alimentos ou bebidas que contêm lactose;
- Vómitos (particularmente na população jovem).
A intolerância surge de diferentes maneiras.
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Um tipo mais raro do distúrbio é o congênito, ou seja, o indivíduo nasce sem a capacidade de fabricar a lactase. Aí o leite e os seus derivados nunca serão digeridos, e essa condição se arrastará pela vida toda.
Em geral, porém, tem origem na diminuição até esperada da produção dessa enzima conforme envelhecemos.
É natural que o bebê, que se alimenta exclusivamente de leite materno, conte com um abastecimento de lactase lá no alto.
A partir dos 3 anos de idade, quando outros alimentos entram com tudo no cardápio, o organismo percebe a mudança de padrão.
Ora, se existe menos lactose no pedaço, para que fornecer tanta lactase?
A redução no suprimento é, portanto, normal, mas, para algumas pessoas, isso acontece de forma acentuada.
Daí que o organismo fica despreparado para receber goles de leite e afins.
Ainda há uma terceira causa, esta indireta, de intolerância: quando infecções ou um processo inflamatório da pesada arrasam as células do intestino que geram a lactase.
Se o tratamento entrar em cena a tempo, dá para reverter a situação.
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